O campo completamente seco, o verde da resistente palma atrai a criação que vai atrás do idoso | Foto: Raimundo Mascarenhas |
Nossa reportagem perguntou há quanto tempo vem nessa incansável labuta e ele respondeu que desde o inverno [entre junho e setembro], que segundo ele ‘foi fraco de chuva’ e contribuiu para a seca chegar mais cedo.
Essa palma será triturada e colocada em cochos para melhor aproveitamento Foto: Raimundo Mascarenhas |
Seu Afonso disse que até o momento não perdeu nenhum animal, mas sabe que é devido a essa sua grande missão de alimentar os bichos todos os dias, mas, por outro lado, contabiliza nos últimos 3 anos, perdas de 50 cabeças de criação, sendo 25 para ladrões e outras 25 por ataque de cães, mas segundo ele criou uma estratégia e não perdeu mais nenhum animal.
Foto: Raimundo Mascarenhas |
O idoso comentou o motivo da seca e disse que sempre existiu no Nordeste, mas está cada vez pior devido à devastação e à poluição. “Seca sempre teve, mas tinham algumas coisas que avisavam quando a chuva estava para vir. “O mandacaru florava, o sampo cantava, a gente via as formigas de asas e a chuva era certa, hoje, a gente vê tudo isso, só que a chuva não vem”, lamenta o agricultor.
Foto: Raimundo Mascarenhas |
O sisal sempre foi o principal produto que movimentou a economia de Coité e dezenas de cidades da região por várias décadas. Com o passar do tempo, houve uma redução significativa de produtores por motivos diversos, mas os que ainda permanecem cultivando veem com tristeza a situação em que se encontram as lavouras.