O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que vai propor ao Banco Central (BC) e à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) limite de saque para evitar compra de voto no 2º turno da eleição municipal. A fala ocorreu em entrevista ao Estudio i, da GloboNews.
“A PF vai, de maneira propositiva, interagir com BC e Febraban para ter melhor regulação dessas situações. Não é admissível um cidadão, às vésperas [da eleição, que] saque R$ 5 milhões em espécie e saia circulando de maneira natural. Isso no traz esse desafio”, afirmou Rodrigues, ao citar um caso de saque de R$ 5 milhões que teriam sido usados para tentativa de compra de votos.
A iniciativa, defende Rodrigues, segue o que outros países adotam como regra para os dias que antecedem as votações ao limitar transferências e saques em espécie.
De acordo com o diretor-geral, a PF registrou mais de 300 ocorrências de crime eleitoral do domingo (6) do 1º turno.
“Este ano foi recorde de apreensão de bens e valores. Foram mais de R$ 22 milhões e de mais de R$ 50 milhões em bens apreendidos”, disse, ao destacar os resultados das operações feitas em 2024.
No 1º turno, as polícias de todo o Brasil registraram 911 ocorrências de crimes eleitorais e 14 candidatos presos. A PF estima R$ 600 mil apreendidos em mais de 300 ocorrências em tentativas de compra de voto.
Segundo o diretor-geral da PF, isso indica que “há um fato engajado e integrado fazendo que o cidadão tenha mais tranquilidade para o processo democrático” com ações policiais para coibir a compra de voto.
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