A gaúcha Raquel Tombesi revelou que ao assumir a Cheiro de Amor teve medo dos julgamentos e que alguns fãs acabam confundindo ela com Vina Calmon e outras cantoras que já passaram pela banda. Em entrevista à coluna Sabendo Com Vini, do Portal MASSA!, a cantora contou como lida com essa confusão e comentou sobre a necessidade de renovação de cantores de axé.
“Eles me confundem com Vina, Aline, Márcia Freire, Carla Visi. As pessoas ainda não associaram que a cantora mudou, e eu levo na brincadeira. Às vezes, [um fã] chega com a expectativa: ‘Vina, sei tudo sobre sua vida’. Eu respondo: ‘Amigo, tenho uma notícia para te dar. Eu não sou Vina.’ E daí começa uma amizade”, relatou aos risos, afirmando que é fã de todas as cantoras que passaram pela banda.
Baixa no consumo do axé
Em seguida, Raquel Tombesi também comentou sobre a atual fase do axé e a necessidade de adaptação às mudanças no mercado. “Eu acho que a música baiana tem muita força que, às vezes, está um pouco adormecida. Às vezes, estamos tentando competir da forma errada; hoje em dia, a forma de consumir música mudou muito e, principalmente, acho que não existe uma receita de sucesso. O que funcionou para um artista não vai funcionar para outro”, reflete.
Objetivos para a Cheiro de Amor
“Eu quero descobrir, junto com a equipe da Cheiro, a nossa forma de se inserir nesse novo mercado e entrar nos top 50, top 1, das plataformas digitais. Eu quero descobrir, junto com essa galera, a forma de remodelar isso tudo e, mais importante, mostrar a nossa música”, afirmou.
Opinião sobre a renovação do axé
Por fim, Raquel Tombesi falou sobre a importância de abrir espaço para novos sons e artistas dentro do axé.
“Eu gosto muito de ouvir Filhos de Jorge, que têm a cara da Bahia, mas não têm muito a ver com o axé que tocava antigamente. Eles são um exemplo de uma galera que está fazendo um trabalho novo com a cara da Bahia. Tem muitos artistas, mas precisamos abrir a cabeça para ouvir o novo. Às vezes, a galera que escuta Bell Marques não quer ouvir Filhos de Jorge e tá tudo bem, mas acho que o caminho é por aí. Eu acho que é só a gente dar um pouco mais de abertura para que essas pessoas possam mostrar a cara”, finalizou.
Jornal Massa
