A mulher, segundo a investigação, foi ajudada pela avó para cometer o golpe. Segundo as investigações, em 1986, a mulher teria adulterado a certidão de nascimento da neta para que ela fosse registrada como filha do militar, que era, na verdade, seu irmão e tio-avô de Ana Lúcia.
Em 1988, com o falecimento do militar, a avó solicitou a pensão para neta. A mulher era procuradora do irmão, que à época da fraude já era idoso e não possuia filhos ou outros dependentes.
O golpe só veio à tona em dezembro de 2021, quando a avó solicitou R$ 8 mil da neta, sob a condição de denunciá-la caso não o fizesse. Como Ana Lúcia não o fez, a mulher denunciou o caso à Polícia.
Ana Lúcia admitiu a fraude ao Ministério Público Militar, e afirmou que, quando não conseguia repassar a parte do valor combinado a avó, a mulher lhe ameaçava, dizendo que iria denunciá-la. A avó de Ana Lúcia faleceu em maio de 2022, antes de ser interrogada.
Em fevereiro deste ano, a Justiça Militar do Mato Grosso condenou Ana Lúcia ao pagamento de quase 4 milhões de reais. Em novembro, a mulher teve um recurso negado enquanto respondia em liberdade. O recurso foi negado, e agora ela deve pagar o valor de R$ 3.723.344,07 e cumprir uma pena de 3 meses de prisão.
Do Bahia Notícias