O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou, nesta quinta-feira (9), uma foto em que mostra a lesão que tem na perna esquerda causada pela erisipela, infecção bacteriana que afeta a camada mais superficial da pele. O problema médico fez o político ser internado no dia 4 de maio, em Manaus (AM), e depois ser transferido para São Paulo, onde está desde a última segunda (6).
O líder conservador segue em tratamento no Hospital Vila Nova Star, na capital paulista, aos cuidados do cirurgião Antônio Macedo, que atende o ex-presidente desde 2018, quando ele foi vítima da facada desferida por Adélio Bispo; e do cardiologista Leandro Echenique. Até esta sexta (10), ainda não havia previsão de alta. Bolsonaro segue recebendo antibióticos e fazendo fisioterapia.
Confira a imagem em destaque abaixo:
SOBRE A ATUAL INTERNAÇÃO
No último sábado (4), Bolsonaro foi admitido no Hospital Santa Júlia, em Manaus (AM), com sintomas de desidratação e erisipela na perna esquerda, uma infecção cutânea originada por bactérias. Após procedimentos e medicação, recebeu alta no mesmo dia para prosseguir com sua agenda na cidade.
No entanto, horas depois, houve necessidade de sua reinternação, quando recebeu tratamento com antibióticos endovenosos. Na última segunda (6), o ex-presidente optou por ir para São Paulo para ser tratados pelos médicos Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo e Leandro Echenique. Além da erisipela, Bolsonaro também teve um desconforto intestinal.
O QUE É A ERISIPELA
A erisipela é uma infecção aguda causada por uma bactéria chamada estreptococos, que acomete a derme e a epiderme, ou seja a pele e seus tecidos superficiais. Entre os sintomas mais comuns estão febre, dor, inchaço, coceira, manchas vermelhas, bolhas, calafrios, ínguas e queimação na pele.
A bactéria penetra na pele do hospedeiro por meio de feridas, micose nas unhas, picada de inseto, cortes cirúrgicos, alergia, entre outras portas de entrada.
Muitos possuem dúvidas se a doença é ou não contagiosa, mas a doutora Clívia Oliveira Carneiro, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que trata-se de uma infecção não contagiosa. Isso porque, como já dito, é necessária alguma lesão para que ocorra a entrada da bactéria.
Carneiro, porém, reconhece que há raros casos em que o estreptococos passam de uma pessoa para a outra. Para isso, seria necessário que o indivíduo estivesse lesionado, tivesse contato direto com a região infectada e fosse imunossuprimido.
O tratamento da erisipela é feito por meio de antibióticos e pode durar de sete a 14 dias. Em alguns casos, a limpeza da pele também se mostra necessária para reduzir inchaços.
RISCOS E PREVENÇÃO
Em geral, quando o diagnóstico é feito no início, a infecção não gera complicações. Entretanto, se não tratada, ela pode evoluir para ulcerações, abscessos e trombose. Em casos de surtos repetidos, pode ser gerado um linfedema, ou seja, um inchaço persistente que geralmente afeta e perna e o tornozelo.
No grupo de risco, estão pessoas com varizes, diabetes, obesidade, ou que fazem tratamentos imunossupressores, como quimioterapia.
A dica para prevenir casos da doença é manter as mãos e os pés secos, limpos e sem rachaduras; tratar as frieiras e lesões na perna; e evitar permanecer por tempo prolongado de pé.
Com informações do site Revista Online News