O pequeno Arthur Ramos Nascimento (foto em destaque), de apenas 2 anos, foi vítima de tortura, agressões físicas e abusos enquanto estava sob os cuidados de um casal. O menino não resistiu e morreu. Os suspeitos, Giselda da Silva Andrade e Antonio Lopes Sever, conhecido como “Frajola”, foram presos nessa terça-feira (18/2), na zona rural de Carnaíba. Na chegada à delegacia, Antonio Lopes acabou linchado por populares e morreu antes de chegar ao hospital.
A mãe do menino, Giovana Ramos, se manifestou nas redes sociais para rebater acusações. “Eu errei em confiar nessas almas sebosas. Eu não sabia que isso estava acontecendo”, desabafou.
O crime ocorreu no último domingo (16/2), quando vizinhos notaram que Arthur não se levantava da cama. Ao entrarem na residência do casal, encontraram a criança com cortes pelo corpo e marcas de agressão. A Polícia Militar foi acionada, e o menino chegou a ser levado para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos.
Geovana disse que deixou o filho com o casal preso suspeito do crime para trabalhar. Giselda da Silva Andrade e Antônio Lopes eram amigos de Geovana e cuidavam do menino na ausência dela, segundo a polícia.
Geovana Ramos ainda disse, por meio das redes sociais, que está recebendo ameaças. A delegada Joedna Soares, que investiga o caso, já tinha dito que a mãe da criança não tem envolvimento no crime.
“Eu não abandonei meu filho, eu estava trabalhando…Eu errei em confiar nessas “almas sebosas”. Eu tenho provas de que estava em busca do sustento pro meu filho. A culpa é deles e não minha, pelo amor de Deus, eu não tenho mais cabeça pra ler comentários negativos” disse por meio das redes sociais.
Em outra publicação, a mãe da criança, compartilhou a última foto que tirou com o filho e o sepultamento de Artur Ramos, que aconteceu na última terça-feira (18), em um cemitério de Tabira, Sertão pernambucano.
Quem são os pais da criança?
A delegada Joedna Soares, responsável pelo caso da morte do menino, informou na terça-feira (18) que a mãe da criança não tem envolvimento no crime. Segundo relato da mãe, por meio das redes sociais, o pai da criança morreu há dois anos. Geovana disse que deixou o filho com o casal para trabalhar e sustentar a família.
A delegada ainda afirmou que Arthur já vinha sendo agredido há algum tempo e que o episódio de domingo foi o ápice da violência. “O corpo foi periciado e estamos aguardando o laudo oficial”, explicou. Segundo a delegada, a mãe da criança não tem envolvimento com o crime. Ela estava em outro estado a trabalho e confiou a guarda temporária do filho ao casal de suspeitos.
Arthur chegou a ser levado para um hospitalar da cidade, com lesões por diversas partes do corpo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na unidade de saúde.
Após investigações, o casal foi localizado na zona rural de Carnaíba e preso pela Polícia Militar. No entanto, quando eles chegaram à delegacia de Tabira, uma multidão revoltada cercou o local e linchou Antonio Lopes.
O suspeito foi levado para o Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto e, posteriormente, transferido para o Hospital Regional de Afogados da Ingazeira, mas não resistiu aos ferimentos. Giselda da Silva Andrade conseguiu escapar e foi levada para a delegacia, onde prestou depoimento.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o linchamento e identificar os responsáveis pelo ataque, além de avaliar a conduta dos policiais envolvidos na escolta do suspeito.