Foto de Capa por Jack GUEZ/AFP
Beatriz Souza, paulista de Itariri e criada em Peruíbe, São Paulo, fez história ao conquistar a primeira medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas de Paris. A judoca brilhou em uma performance impressionante, derrotando a número um do mundo na categoria.
Desde muito jovem, Beatriz se inspirou no pai, que também era atleta de judô, e começou a treinar no esporte que mais trouxe medalhas olímpicas ao Brasil. Sua trajetória, no entanto, não foi fácil. Durante a adolescência, enfrentou desafios com a aceitação do próprio corpo. “Eu me sentia desconfortável, porque não sabia como lidar, nem me aceitava. O esporte me empoderou e mostrou o poder gigantesco que tenho dentro de mim”, disse Beatriz.
Hoje, aos 26 anos, Beatriz é Sargenta do Exército Brasileiro e integra o Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR), desenvolvido pela Comissão de Desportos do Exército (CDE). Seu currículo é impressionante: bronze no Mundial, ouro no Pan de Judô e título no Grand Slam de Baku. Contudo, foi nos Jogos Olímpicos de Paris que ela alcançou seu maior feito, trazendo o ouro para o Brasil.
Além do histórico de conquistas, Beatriz destaca-se pelo impacto que sua vitória pode ter para o esporte e para as jovens atletas do país. Sua jornada é um exemplo de superação e determinação, demonstrando que com apoio e dedicação, é possível alcançar os sonhos mais audaciosos. O triunfo de Beatriz Souza não apenas enriquece o legado do judô brasileiro, mas também inspira futuras gerações a perseverarem e acreditarem em seu potencial.
Foto Lorena Dini/Glamour Brasil
A conquista de Beatriz é ainda mais significativa no contexto das Olimpíadas de Paris, que marcam a primeira edição com equidade de gênero. Sua vitória destaca a força e a representatividade da mulher preta no esporte, quebrando barreiras e servindo de inspiração para meninas negras em todo o mundo. Em uma competição que celebra a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, Beatriz Souza emerge como um símbolo poderoso de resistência e empoderamento, mostrando que a diversidade é uma força inigualável no esporte.
Essa medalha de ouro representa não apenas um marco pessoal para Beatriz, mas também um momento significativo para o Brasil nas Olimpíadas, reafirmando a força do judô brasileiro no cenário esportivo mundial.