A Polícia Federal indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 integrantes de seu governo na investigação sobre o plano de golpe de estado no Brasil após a vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022. Os indiciados são acusados dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O inquérito abrange o envolvimento nos atos de 8 de janeiro, tramas golpistas durante as eleições presidenciais de 2022, assim como o plano para assassinar o então presidente eleito Lula, o então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Além de Bolsonaro, também entraram no inquérito ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa); o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); e o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara.
O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, cabe à Procuradoria Geral da República (PGR) realizar a denúncia dos indiciados. Caso a Corte aceite a denúncia, eles se tornarão réus e devem ser julgados.
As penas previstas para os crimes de golpe de estado variam entre 4 a 12 anos, já a abolição violenta do Estado democrático de Direito, pode render de 4 a 8 anos, enquanto a formação de organização criminosa tem punição de 3 a 8 anos de prisão.