A Polícia Civil, por meio da 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Valença, prendeu temporariamente o ex-companheiro de Helmarta Souza Santos Luz, conhecida como “Martinha”, de 38 anos, na noite desta quarta-feira (25), por volta das 21h. Martinha foi reportada como desaparecida, e a prisão do ex-marido ocorreu após a identificação de inconsistências em seu depoimento e a análise de vídeos que contradiziam sua versão.
Helmarta foi vista pela última vez no dia 24 de setembro, quando fez contato com seu atual companheiro via WhatsApp às 15h03. Sua irmã registrou o desaparecimento na Delegacia Territorial de Valença após tentativas frustradas de contato com a jovem.
O ex-companheiro de Helmarta, um taxista, inicialmente alegou que esteve fora de Valença em viagem e desconhecia o desaparecimento. No entanto, imagens obtidas pelo setor de investigação mostraram seu veículo entrando na garagem do prédio onde Martinha morava às 13h42 e saindo às 14h12, contradizendo sua versão.
O suspeito apresentava escoriações nos antebraços, dedos e punhos, que sugeriam possíveis lesões de defesa. Quando questionado sobre as feridas, ele forneceu três explicações distintas, nenhuma considerada convincente pela equipe de investigação. O ex-companheiro afirmou ter perdido seu celular na noite do desaparecimento e recusou-se a fornecer material genético para a perícia. Durante o interrogatório, ele utilizou o direito de permanecer em silêncio.
Diante dos indícios e da inconsistência das explicações, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária do acusado, que foi concedida pelo Poder Judiciário após parecer favorável do Ministério Público. As investigações seguem em andamento com o apoio do Departamento de Polícia Técnica de Valença, em busca de esclarecer o paradeiro de Helmarta Souza e fornecer respostas à sua família e à comunidade.
A prisão do ex-companheiro intensificou a busca por informações que possam elucidar o caso, que tem mobilizado amigos e familiares de Martinha em uma vigília constante na porta da delegacia, clamando por justiça e respostas. A sociedade aguarda ansiosamente pelo desfecho dessa investigação, que ainda está cercada de mistérios.
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