Na última segunda-feira (19), o Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo pediu a cassação do registro de candidatura de Pablo Marçal (PRTB), por uma suposta atuação irregular do ex-coach nas redes sociais durante a pré-campanha. Para o jornalista Bob Fernandes, o candidato vem desafiando a Justiça Eleitoral e representa a construção de um figura que é o reflexo da destruição da política. O comentário foi feito nesta quinta-feira (22), durante o programa Três Pontos, que contou com transmissão especial direto do Rio de Janeiro.
“Está desafiando escancaradamente a Justiça Eleitoral quando insinua que Boulos usa cocaína. E ele continua. O TRE, talvez porque interesse para não ajudar muito Boulos, suspendeu um pouco o direito de resposta. Aquele cara deveria estar fora do jogo. Ele foi condenado, não cumpriu porque prescreveu, diz barbaridades numa campanha eleitoral e fica todo mundo assistindo, fingindo que não sabe o que é aquilo”, disse o jornalista.
Bob comparou o comportamento de Marçal à construção da figura política de Jair Bolsonaro. Ele relembrou episódios em que o ex-presidente ofendeu colegas, com a então deputada Maria do Rosário, que fez homenagem ao torturador Brilhante Ustra, além do envolvimento no caso da Rachadinha. “Isso é uma construção que continua”, pontuou.
Durante o programa, Bob concordou com o pensamento do radialista Mário Kertész. Para eles, a figura de Marçal representa a destruição da política. E a inércia de uma resposta a conduta dele tem, segundo o jornalista, o ajudado a ganhar popularidade, o que vai dificultar ainda mais o controle da situação. “Fica esse jogo de o momento político para cassar a candidatura. O que o cara já fez no ar… aquilo ali basta. Alguém acusa alguém de cheirar cocaína sem prova, é candidato à prefeitura de São Paulo e nada acontece? Só aumenta a popularidade dele. Estão fazendo o cálculo para também não beneficiar Boulos”, concluiu.
Confira o comentário na íntegra:
Metro1