29 de setembro de 2024 | FEIRA DE SANTANA

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Apoio Emocional e Prevenção ao Suicídio: Conheça o Centro de Valorização da Vida e formas de ajudar pessoas em situação de risco; Coité conta com CAPS

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O suicídio sempre foi um assunto delicado de se tratar em qualquer esfera da sociedade, porém existem órgãos que hoje fazem um trabalho constante para a prevenção e orientação nesses casos.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma entidade sem fins lucrativos, formada exclusivamente por voluntários, que oferece apoio emocional e trabalha na prevenção do suicídio de forma gratuita. As pessoas que procuram o CVV geralmente estão se sentindo solitárias ou precisam conversar de maneira sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações. O CVV presta atendimento tanto para as pessoas que estão sentindo sentimentos negativos relacionados ao suicídio como para familiares e pessoas próximas de quem tirou a própria vida com o intuito de ajudar no processo do luto.

Atuando nacionalmente, o atendimento do CVV é realizado pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia e sem custo de ligação, além de chat, e-mail e pessoalmente em alguns endereços. Fundada em 1962, a entidade é independente financeira e ideologicamente, sem viés religioso, político-partidário ou empresarial.

Existe também a cartilha de prevenção ao suicídio criada com o intuito de servir a comunidade brasileira com recursos para a busca de informação, orientação e apoio em relação ao tema do suicídio. É importante ressaltar que as informações contidas nesta cartilha não substituem tratamento ou avaliação médica ou psicológica.

Desmistificando o Assunto:

Existem muitos tabus, mitos e preconceitos sobre o tema suicídio. Muitas pessoas ainda acreditam e disseminam a ideia errônea de que pensamentos suicidas ocorrem apenas com pessoas fracas, egoístas, manipuladoras ou pecadoras. Esse estigma dificulta que quem está sofrendo procure ajuda e impede a prevenção. Confira abaixo algumas verdades sobre pensamentos suicidas e como você pode ajudar:

Pessoas que dizem que vão se matar só querem chamar atenção. ERRADO!

O que fazer: Fique atento. Qualquer pessoa que expresse pensamentos suicidas, mesmo em tom de brincadeira, necessita atenção e atendimento imediato. Mais de 75% das pessoas que cometem suicídio demonstraram de alguma maneira que estavam sofrendo ou comentaram sobre seus pensamentos suicidas antes do ato final.

Uma pessoa precisa “estar louca” ou ter problemas psicológicos para desenvolver pensamentos suicidas. INCORRETO!

O que fazer: Leve a sério. De acordo com pesquisas, muitas pessoas que cometeram suicídio pareciam estar bem e capazes de gerenciar suas emoções. A ausência de instabilidade emocional ou psicológica não significa ausência de risco de suicídio.

O problema não parece tão grave para se cometer suicídio. ERRADO!

O que fazer: Preste atenção no quão dolorido o problema é para a pessoa, em vez de focar na gravidade do problema. O que pode não ser motivo para você pode ser suficiente para outra pessoa querer morrer. Ofereça ajuda o mais rápido possível e mantenha contato.

Ninguém pode “mudar a ideia” ou “a cabeça” de um suicida. FALSO!

O que fazer: Ouça! Ter pensamentos suicidas é uma maneira de pedir socorro. Suicidas são ambivalentes: parte deles quer viver e a outra parte quer acabar com a dor. Mostrar empatia e ouvir pode fazer uma grande diferença.

Falar sobre suicídio aumenta a probabilidade do mesmo. FALSO!

O que fazer: Pergunte! A pessoa já tem o pensamento na cabeça. Perguntar sobre isso pode ajudar a pessoa a se sentir acolhida e menos solitária.

Sinais de Alerta e Fatores de Risco:

Algumas situações da vida podem deixar as pessoas mais vulneráveis e contribuir para pensamentos suicidas. Observe se a pessoa:

-Já tentou tirar a própria vida alguma vez.

-Escreve, lê ou comenta sobre morrer ou se matar.

-Comenta ou descreve como planeja se matar.

-Fala sobre falta de esperança, fracasso pessoal, ansiedade, desespero ou culpa.

-Tem histórico de problemas psicológicos ou distúrbios mentais.

-Foi vítima de crimes, abuso, violência doméstica, assédio ou bullying.

-Está deprimida, isolada ou perdeu interesse em atividades que antes apreciava.

-Aumentou o consumo de álcool, cigarro e drogas.

-Sofreu alguma perda emocional ou financeira significativa.

-Tem acesso a meios letais, como armas de fogo ou substâncias tóxicas.

-Apresenta comportamento impulsivo ou agressivo.

-Fala sobre doar ou dividir seus pertences.

-Usa frases como: “Ninguém se importa mesmo”, “Eu não me importo mais” ou “Nada vale mais a pena”.

Como Ajudar em Situações de Risco:

-Mantenha a calma e ouça a pessoa. Mostre que você está lá para ajudar.

-Busque ajuda profissional imediatamente.

-Não deixe a pessoa sozinha. Acompanhe-a até que alguém de confiança possa estar presente.

-Se estiver à distância, mantenha contato até que a pessoa esteja segura.

-Como Conversar com uma Pessoa em Risco

Medo de falar sobre suicídio é comum, mas não induz a pessoa a cometer o ato. Veja algumas dicas:

-Nunca ignore ou encoraje alguém a cometer suicídio.

-Ouça atentamente e sem julgamentos.

-Pergunte diretamente sobre pensamentos suicidas.

-Use frases que demonstrem compreensão e apoio.

-Converse com a família e amigos da pessoa.

-Remova métodos suicidas do alcance da pessoa.

-Oriente e ajude a buscar ajuda profissional.

Procure Ajuda:

LINHA NACIONAL DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO – Brasil: Disque 188

CAPS – Centro de Atenção Psicossocial em Conceição do Coité

Endereço: Rua Bailon Lopes Carneiro, nº 213, Centro

Telefone: 0800 042 0150 Opção 3, depois 87

WhatsApp: (75) 99964-1652

E-mail: caps@conceicaodocoite.ba.gov.br

Horário de funcionamento:

Segunda a Sexta: 08h às 12h e 13h30 às 17h

Informações CVV