Apesar da prefeitura de Conceição do Coité não ser citada na investigação da Polícia Federal relativa as irregularidades na contratação de empresa para prestação de serviços de transporte escolar, o Procurador do Município , Bruno Gomes se manifestou nesta sexta-feira (12).
De acordo com a PF, foram cumpridos doze mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, nas cidades baianas de Santaluz, Valente, Conceição do Coité, Capim Grosso, Itiúba, Senhor do Bonfim e Várzea da Roça.
A partir disso, houveram especulações dos leitores que a prefeitura do município era alvo da operação, mas, apenas a PF citava buscas e apreensões na casa de algum habitante de cada local citado.
“A prefeitura de Coité, Secretaria de Educação e Administração não tem qualquer envolvimento na investigação (PF). O único motivo que a cidade ter sido indicada foi por que os funcionários da empresa terceirizada que estão sendo investigados, tem endereço no município (Coité)”, afirma Bruno Gomes.
Ele frisou ainda que a empresa terceirizada investigada pelo órgão federal não possui qualquer contrato ou realizou serviço na atual gestão do prefeito Marcelo Araújo.
“O Departamento de licitação da cidade preza pela legalidade e visura em nosso município. Qualquer coisa além disso é apenas fake news”, conclui
Confira o vídeo:
Entenda o caso:
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União – CGU deflagraram, na manhã desta quinta-feira (11/7), a Operação Santa Rota, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação relativa a irregularidades na contratação de empresa para prestação de serviços de transporte escolar no município de Santaluz/BA no valor de R$ 8.127.058,00.
A investigação detectou que a Prefeitura de Santaluz realizou procedimento de Pregão Eletrônico, em 2022, para contratação de empresa para a prestação de serviços de transporte escolar para executar 89 rotas no município, sendo escolhida empresa que não possuía um único funcionário registrado em seus quadros e era proprietária de apenas cinco veículos, o que seria insuficiente para execução do contrato.
Apurou-se que a empresa vencedora da licitação apresentou a proposta com maior preço no pregão eletrônico, mas acabou sendo escolhida em face da inabilitação das outras nove empresas que apresentaram preços menores, resultando em um superfaturamento na ordem de aproximadamente R$ 3 milhões.
Foi constatado, também, que algumas das empresas inabilitadas no certame receberam pagamento do grupo empresarial vencedor logo após serem excluídas da licitação.
Na data de hoje estão sendo cumpridos doze mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, nas cidades baianas de Santaluz, Valente, Conceição do Coité, Capim Grosso, Itiúba, Senhor do Bonfim e Várzea da Roça.
Os investigados irão responder pelos crimes de responsabilidade de prefeito, fraude à licitação, além de corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais.
Redação