Um feto em formação foi encontrado dentro do crânio da irmã gêmea de 1 ano. O caso foi descoberto após a mãe notar nas habilidades motoras e falas na filha e acionar uma equipe médica para avaliar o quadro. Após os exames, a família e os profissionais notaram que o feto de seu irmão gêmeo, que morreu durante a gestação, foi armazenado dentro do crânio da criança.
Segundo os médicos reportaram, a situação gerou desconfiança da equipe desde a gestação do bebê, pois o diâmetro da cabeça parecia grande demais. “Ela só conseguia dizer a palavra ‘mãe’ e não conseguia ficar de pé. Além disso, a cabeça dela vinha crescendo cada vez mais”, descreveu a equipe médica.
O caso foi reportado pelo American Journal of Case Reports. A condição, conhecida na medicina como fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita, é uma anomalia rara e consiste no desenvolvimento de um resquício de embrião ou feto dentro do corpo do irmão gêmeo. No entanto, apenas cerca de 20 casos são conhecidos por terem ocorrido dentro do crânio.
Com exames detalhados, foi possível observar que o feto alojado no cérebro da bebê tinha cerca de 18 centímetros e havia desenvolvido até braços, cabelos e olhos. Os médicos realizaram uma cirurgia para a retirada do feto, mas descobriram que além do gêmeo parasita, a bebê desenvolveu vários tumores ao redor de onde estava o feto, na tentativa de combater o que o organismo compreendeu ser um corpo estranho.
A pressão do feto e os tumores comprimiram o cérebro da bebê, gerando uma hipertensão craniana. Devido à gravidade do caso, a criança não resistiu ao procedimento e não acordou após a cirurgia. Pouco menos de 2 semanas depois do procedimento, ela faleceu.
Informações extraídas do site Bahia Notícias