6 de outubro de 2024 | BAHIA

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Perfil foi decisivo para a escolha de Fabya Reis como vice de Geraldo Jr.

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O perfil da secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, teve papel determinante para que ela conquistasse a vaga de vice na chapa do pré-candidato do MDB a prefeito de Salvador, Geraldo Jr. A decisão foi tomada no início da noite de terça-feira (04), após reunião do comando da campanha do vice-governador com integrantes do núcleo político do Palácio de Ondina. Além de negra e expoente da ala feminina do PT na Bahia, Fabya é forjada na militância de base do partido, tem forte capilaridade entre as diversas correntes da esquerda e possui ligações históricas com movimentos sociais. Em especial, o MST, onde ocupou postos de direção ao lado do marido, o deputado petista Valmir Assunção, principal líder dos sem-terra no estado.

Medida certa
“As características que ela agrega são a tampa que faltava para a panela de Geraldo Jr. Não só pelo fato de ser negra e mulher. Fabya é reconhecida pelo discurso totalmente alinhado à esquerda e pela natureza combativa. É também um quadro do PT de raiz, ou seja, o grupo do partido surgido nas camadas mais baixas do operariado. O que inclui os trabalhadores do campo”, afirmou um dos articuladores da candidatura do emedebista, ao citar a necessidade de ter alguém na vice com imagem oposta à de Geraldo Jr., cuja trajetória é ligada à direita.

Lugar ao sol
Para quebrar a resistência do eleitorado esquerdista da capital ao vice-governador, ficou definido que Fabya Reis não será mera figurante na campanha, como frequentemente ocorre com quem ocupa o posto de número dois em uma chapa majoritária. A intenção é que ela tenha maior protagonismo. Sobretudo, nos embates diretos contra os adversários. Segundo apurou a coluna, a decisão de antecipar em um dia o anúncio oficial do seu nome para esta quarta-feira (05) faz parte da estratégia de garantir à petista lugar de destaque na vitrine. Caso fosse apresentada como vice durante o lançamento da pré-candidatura de Geraldo Jr. na Arena Fonte Nova, a avaliação é de que Fabya ficaria em plano secundário e fora dos holofotes da mídia.

Poucos amigos
Políticos que gravitam a órbita da oposição ao governo Jerônimo Rodrigues (PT) afirmam que o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) tem demonstrado um nível crescente de mau humor nos encontros com aliados. De modo reservado, apontam duas prováveis razões para a postura cada vez mais fechada e o padrão de comportamento que oscila entre o sutil desânimo e o aparente desconforto. A primeira é relacionada à ascenção do prefeito Bruno Reis como liderança oposicionista, espaço que ele ocupava sem concorrência interna.

Das duas, uma
A outra hipótese diz respeito às queixas sobre a falta de atenção com aliados, algumas declaradas publicamente ou através de desabafos à imprensa por parlamentares, prefeitos do interior e dirigentes de partidos que reclamam da indiferença do ex-prefeito. Pelo sim, pelo não, caciques do bloco do União Brasil acham que ACM Neto apresenta reações típicas do criador que teme ser engolido pela criatura ou de quem ainda não sabe como fazer política sem mandato eletivo.

Acerto de contas
Ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea) de 2012 a 2017, Marco Antônio Amigo foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a ressarcir os cofres públicos em R$ 4,13 milhões, mais juros e correções monetárias, por irregularidades no uso de verbas de um convênio firmado em 2013 com a Fundação Nacional de Saúde. De acordo com o TCU, Marco Antonio não conseguiu comprovar a correta aplicação dos recursos federais destinados a capacitar e assessorar a elaboração de planos municipais de saneamento básico em 50 cidades baianas com menos de 50 mil habitantes. Na mesma levada, o tribunal impôs a ele uma multa de R$ 200 mil. Nos dois valores, o Crea terá que dividir a conta.

Devo, mas nego
Como se não bastasse o péssimo serviço que presta aos usuários do sistema ferry-boat, a Internacional Travessias ainda tenta escapar do pagamento de obrigações tributárias junto à Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz). Entretanto, o órgão rejeitou o pedido de impugnação de dívidas fiscais apresentado pela concessionária e determinou a cobrança de R$ 341 mil em taxas de lixo não recolhidas de 2018 a 2023 e R$ 2,55 milhões em débitos com IPTU sobre o Terminal Marítimo de São Joaquim durante o mesmo período.

Corrida do ouro
É grande a expectativa das agências de propaganda e de comunicação visual que disputam os cobiçados direitos de exploração comercial de publicidade nos ônibus da rede de transporte coletivo urbano e do BRT de Salvador, através de permissão com outorga onerosa. Em resumo, mediante o pagamento de um valor à prefeitura. Na quinta-feira (06), será realizada a abertura dos envelopes das empresas interessadas em vencer a concorrência pública lançada pela Secretaria de Mobilidade. No fim, segundo o edital de licitação, ganha quem apresentar a melhor proposta financeira.

Com informações de Metro1.