Judvan dos Santos Barreto já se acostumou a olhar para a torneira do reservatório e ver só ar saindo. Morador do bairro Jardim Luzense, em Santaluz, ele e a família estão há três meses lidando com um abastecimento de água que mais falha do que funciona. Mas se a água some, a conta não. Nos últimos dois meses, as faturas chegaram pontualmente, somando R$ 499. Antes, o valor não passava de R$ 90 por mês, segundo a família.
“Do nada saltou pra R$ 270 por mês e ainda sem receber a água direito”, reclama Shirley dos Reis Leite, filha de Judvan. Ela conta que em dezembro e janeiro o abastecimento simplesmente não existiu. Em fevereiro, caiu um pouco, mas com pressão tão fraca que nem a cisterna, que é baixa, conseguiu encher. “Já estamos ficando sem água”, desabafa.
Shirley disse que enquanto tenta contato com a Embasa para entender a conta, a família recebeu mais uma surpresa desagradável: um aviso de corte. “Não existe pagar por algo que não está sendo consumido. Como eles cobram pela água que não caiu?”, questiona.
E Judvan não está sozinho nessa. Moradores de vários pontos de Santaluz estão vivendo a mesma novela e, para não ficarem sem água nas torneiras, recorrem a carros-pipa — que, ao contrário do abastecimento, chegam direitinho.
O Notícias de Santaluz entrou em contato com a Embasa para pedir um posicionamento e aguarda resposta.
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Morador de Santaluz recebe contas altas e aviso de corte da Embasa após três meses de abastecimento irregular | Foto: Arquivo pessoal
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