22 de novembro de 2024 | BAHIA

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Paciente acusa porteiro do Hospital Municipal de Riachão de Jacuípe de agredi-la ; unidade hospitalar nega

Durante um atendimento médico neste domingo (12), no Hospital Municipal de Riachão do Jacuípe, interior da Bahia, uma jovem de 29 anos acusa um porteiro da unidade hospitalar de agredir- la fisicamente.

Krislen Janiane Mascarenhas precisou ir até o hospital após uma suspeita de fratura no pé depois que foi atropelada por um cachorro.

“Eu cair na noite anterior quando fui atropelada por uma cachorra na praça no fundo da minha casa. Tinha duas cadelas brincando e quando elas estavam correndo, fui atingida e cair. Meu pé começou a doer muito no momento da queda. Tomei medicação, mas, quando acordei, coloquei gelo e não melhorava. Apesar de ter plano de saúde, não quis esperar o ortopedista para segunda feira (13). A dor estava intensa e por esse motivo, decidir ir na rede pública”, contou.

Ao Portal Massapê, Krislen falou que inicialmente o processo do atendimento estava dentro da normalidade a qual passou pelos médicos e foi solicitado enfaixar o pé. De acordo com a jovem, a situação começou a ficar tensa quando a equipe não a chamava para o procedimento devido ao número de pacientes.

“O Hospital estava super lotado e minhas dores só aumentavam! Comecei a questionar sobre a demora no atendimento, quando tive a ideia de pegar o celular e registrar a quantidade de pessoas no local esperando para serem atendidas”, informa.

Conforme relato da moça, mesmo sem êxito na gravação por pouca carga da bateria do celular, Krislen pegou o aparelho para tentar fazer o registro, quando um servidor do Hospital avançou contra ela.

“Esse rapaz de pré nome Celso é cunhado do prefeito de Riachão. Ele me empurrou contra cadeira e tentou tomar meu celular. Na confusão, ele atingiu meu ombro com muita força e tentou continuar as agressões quando foi contido pelos colegas do hospital”, lamentou.

A jovem disse que foi acolhida pelos próprios funcionários do hospital a qual informaram que iria chamar a policia.

Krislen preferiu ir direto na delegacia onde realizou o Boletim de Ocorrência contra o rapaz e aguarda a realização do Corpo de Delito.

“Estou muito triste com essa situação! Fui em um local onde deveria ser cuidada porém, fui agredida por uma pessoa despreparada”.

Procurada pelo Portal Massapê, a assessoria de Comunicação do Município informou que dois médicos estavam no hospital e o atendimento funcionava normal.

“A paciente se exaltou pela demora do atendimento, porém, o hospital estava com dois casos de AVC e isso gera atenção. Com os critérios de urgência, ela acabou esperando um tempo maior”, explica.

A mãe de Krislen também divulgou um vídeo nas redes sociais falando sobre o ocorrido a qual foi contestado pela Direção da Fundação de Saúde e Assistência Social – FUSAS.

Referente a suposta agressão, a Direção da unidade negou, informando que foi  providenciado esclarecimentos imediatos e  colhido que não houve qualquer tipo de agressão por qualquer servidor pertencente ao quadro da unidade.

“Ademais, cumpre enfatizar que a Administração do Hospital Municipal não tolera qualquer tipo de
ação nesse sentido. Em vista disso, será apurado em procedimento específico todos os fatos veiculados. Assim, os fatos não ocorreram da forma que foi veiculado nas redes sociais. Pelo que, será devidamente apurado para as providencias necessárias”, diz um trecho da nota.

Confira a nota na íntegra:

A Direção da Fundação de Saúde e Assistência Social – FUSAS, que administra o Hospital Municipal
de Riachão do Jacuípe, após tomar conhecimento de um vídeo que circula nas redes sociais, afirmando
que uma paciente não foi atendida por conta da quantidade de pessoas que aguardavam atendimento e
a ausência de profissionais na unidade, vem, por desta nota, prestar os esclarecimentos necessários.
Inicialmente, cumpre pontuar que o Hospital Municipal de Riachão do Jacuípe além dos serviços
ambulatoriais, presta atendimentos recebendo os pacientes de urgência e emergência.
A estrutura contar com uma recepção avançada, haja vista que o paciente a chegar na unidade para
atendimento passa por uma triagem e a chamada obedece a uma ordem de acordo com a classificação
da gravidade do caso, sendo chamado, inclusive, através de sistema digital.
No tocante aos fatos veiculados, cumpre esclarecer que não são verídicos, haja vista que o Hospital
Municipal conta com uma equipe de profissionais de plantão para atendimento, sendo dois
médicos(as), dois enfermeiros(as), cinco técnicos(as) de enfermagem e demais profissionais de
plantão, essenciais ao melhor desenvolvimento e atendimento humanizado.
Em que pese a afirmação veiculada que uma paciente supostamente se encontrava sem atendimento, esclarecemos que a paciente foi atendida na unidade nesta data de 12/05/2024, realizado exame de
Raios X, com prescrição de medicação, procedimentos e orientação para realização de cirurgia, todavia, a paciente ao ser informada da necessidade de aguardar a realização da medicação e demais
procedimentos, em decorrência de pacientes com atendimentos prioritários diante da classificação de risco, começou a se reportar aos servidores da unidade com agressividade verbal e ofensas.
De mais a mais, cumpre apontar que somente hoje, 12/05/2024, até o momento da confecção desta nota já foram realizados mais de 80 (oitenta) atendimentos na unidade, além disso, no momento em
que a paciente se encontrava na unidade, os médicos estavam empenhados na regulação de um paciente que se encontrava em estado de saúde grave, uma vez que o Hospital se encontra com diversos pacientes internados e dois pacientes na sala vermelha, e por este motivo os atendimentos aos
demais pacientes que se encontravam aguardando atendimento com classificação de risco diversa de urgência ou emergência, tiveram o início do atendimento prorrogado.
Em relação a acusação de suposta agressão, foi providenciado esclarecimentos imediatos e foi colhido que não houve qualquer tipo de agressão por qualquer servidor pertencente ao quadro da unidade. Ademais, cumpre enfatizar que a Administração do Hospital Municipal não tolera qualquer tipo de
ação nesse sentido. Em vista disso, será apurado em procedimento específico todos os fatos veiculados.
Assim, os fatos não ocorreram da forma que foi veiculado nas redes sociais. Pelo que, será
devidamente apurado para as providencias necessárias.
Por fim, a Direção da Fundação de Saúde e Assistência Social afirma que preza sempre pela transparência e pela qualidade dos serviços oferecidos à população.
Riachão do Jacuípe/BA, 12 de maio de 2024.

FUNDAÇÃO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL – FUSAS